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Bibliófilos Mineiros: Lino de Albergaria

Lino de Albergaria está lançando neste mês de junho de 2019 seu 5º romance pela Quixote + Do: “O homem delicado”. Já atuou como editor e tradutor.

Livro de cabeceira: Os romances de Machado de Assis, Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas. Acho perfeitos. Embora nos remetam ao século XIX, os personagens e a narrativa são perenes, com a antecipação de recursos narrativos (inclusive metalinguísticos) e uma agudeza desconcertante na construção dos personagens. O autor conhecia não só seu ofício como o caráter humano em várias modalidades.

Livro que mais releu: Li várias vezes e em momentos diversos os títulos que integram “O quarteto de Alexandria”: Justine, Mountolive, Cléa e Balthasar de Lawrence Durrell. Uma reviravolta na questão do ponto de vista narrativo.

Livro de Infância: Era muito intrigado com “As Aventuras do Barão de Münchausen”, que me provocacavam muita estranheza. O nome impronunciável do barão me fascinava, assim como as ilustrações e o tema do livro – a mentira. Talvez tenha aprendido aí que a literatura é um belo fingimento ou uma requintada mentira, como Fernando Pessoa diria sobre o caráter fingidor do poeta.

Último livro que deu de presente: O conjunto de romances de fundo histórico e policial de Alberto Mussa, ambientados em diversos séculos na paisagem do Rio de Janeiro.

Último livro que ganhou de presente: Da autora e amiga Angela Leite de Souza, acabei de receber “Contos de encantar o céu”, também de Ana Luiza Figueiredo e Helena Lima.

Livro que emprestou, não foi devolvido, mas nunca foi esquecido: O livro de Jung “Memórias, sonhos e reflexões”. Acabei comprando outro.

Último livro que leu: Ainda estou lendo a biografia de Rondon, de Larry Rohter. Um trabalho de fôlego sobre um herói esquecido e necessário, o pai da causa indigenista.

Livro que comprou e até hoje não leu: Comprei há algum tempo, mas ainda vou ler. “Uma sensação estranha”, de Orhan Pamuk.

Último livro que leu para alguém (e para quem): Devo ser muito egoísta. Só leio para mim mesmo.

Livraria ou biblioteca favorita: Todas as livrarias e bibliotecas merecem meu respeito.

Livro que desistiu no meio do caminho: Em geral, tento ler até o fim, partindo do pressuposto de que, à certa altura, a leitura embala. Mas confesso que algumas vezes isso não acontece e deixo de lado. Felizmente, me esqueço até do título desses livros.

Livro mais valioso: Uma edição especial de “O romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles, com ilustrações (gravuras) de Renina Katz.

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Bibliófilos Mineiros: Lino de Albergaria

Lino de Albergaria está lançando neste mês de junho de 2019 seu 5º romance pela Quixote + Do: “O homem delicado”. Já atuou como editor e tradutor.

Livro de cabeceira: Os romances de Machado de Assis, Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas. Acho perfeitos. Embora nos remetam ao século XIX, os personagens e a narrativa são perenes, com a antecipação de recursos narrativos (inclusive metalinguísticos) e uma agudeza desconcertante na construção dos personagens. O autor conhecia não só seu ofício como o caráter humano em várias modalidades.

Livro que mais releu: Li várias vezes e em momentos diversos os títulos que integram “O quarteto de Alexandria”: Justine, Mountolive, Cléa e Balthasar de Lawrence Durrell. Uma reviravolta na questão do ponto de vista narrativo.

Livro de Infância: Era muito intrigado com “As Aventuras do Barão de Münchausen”, que me provocacavam muita estranheza. O nome impronunciável do barão me fascinava, assim como as ilustrações e o tema do livro – a mentira. Talvez tenha aprendido aí que a literatura é um belo fingimento ou uma requintada mentira, como Fernando Pessoa diria sobre o caráter fingidor do poeta.

Último livro que deu de presente: O conjunto de romances de fundo histórico e policial de Alberto Mussa, ambientados em diversos séculos na paisagem do Rio de Janeiro.

Último livro que ganhou de presente: Da autora e amiga Angela Leite de Souza, acabei de receber “Contos de encantar o céu”, também de Ana Luiza Figueiredo e Helena Lima.

Livro que emprestou, não foi devolvido, mas nunca foi esquecido: O livro de Jung “Memórias, sonhos e reflexões”. Acabei comprando outro.

Último livro que leu: Ainda estou lendo a biografia de Rondon, de Larry Rohter. Um trabalho de fôlego sobre um herói esquecido e necessário, o pai da causa indigenista.

Livro que comprou e até hoje não leu: Comprei há algum tempo, mas ainda vou ler. “Uma sensação estranha”, de Orhan Pamuk.

Último livro que leu para alguém (e para quem): Devo ser muito egoísta. Só leio para mim mesmo.

Livraria ou biblioteca favorita: Todas as livrarias e bibliotecas merecem meu respeito.

Livro que desistiu no meio do caminho: Em geral, tento ler até o fim, partindo do pressuposto de que, à certa altura, a leitura embala. Mas confesso que algumas vezes isso não acontece e deixo de lado. Felizmente, me esqueço até do título desses livros.

Livro mais valioso: Uma edição especial de “O romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles, com ilustrações (gravuras) de Renina Katz.