Publicado em Deixe um comentário

Disco: Amor de Indio

AMOR DE ÍNDIO
Beto Guedes e Ronaldo Bastos

Tudo que move é sagrado
e remove as montanhas
com todo o cuidado, meu amor.
Enquanto a chama arder
todo dia te ver passar
tudo viver a teu lado
com arco da promessa
do azul pintado, pra durar.

Abelha fazendo o mel
vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
de sentir seu calor
e ser todo
Todo dia é de viver
para ser o que for
e ser tudo

Sim, todo amor é sagrado
e o fruto do trabalho
é mais que sagrado, meu amor.
A massa que faz o pão
vale a luz do teu suor
Lembra que o sono é sagrado
e alimenta de horizontes
o tempo acordado, de viver.

No inverno te proteger, no verão sair pra pescar
no outono te conhecer, primavera poder gostar
no estio me derreter
pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
de sentir seu calor e ser tudo.

NOVENA
Milton Nascimento e Fernando Brant

SÓ PRIMAVERA
Beto Guedes e Ronaldo Bastos

FINDO AMOR
Beto Guedes e Flávio Venturini

GABRIEL
Beto Guedes e Ronaldo Bastos

FEIRA MODERNA
Beto Guedes e Ronaldo Bastos

LUZ E MISTÉRIO ( instrumental )
Beto Guedes

O MEDO DE AMAR É O MEDO DE SER
Flávio Venturini e Murilo Antunes

ERA MENINO
Zé Eduardo e Tavinho Moura

CANTAR ( instrumental )
Godofredo Guedes

“… A massa que faz o pão, vale a luz do seu suor. Lembrar que o sono é sagrado, e alimenta de horizontes o tempo acordado de viver …”

(Beto Guedes /Ronaldo Bastos)

“Amor de índio”, 1978 , o segundo disco de Beto Guedes, tem a faixa titulo como maior clássico da carreira do compositor. Da parceria com Ronaldo Bastos, nasceu essa grande canção que já foi gravada por vários interpretes como Milton Nascimento. “Gabriel”, foi feita, também com Ronaldo, para o filho que acabara de nascer. ” Feira Moderna”, feita com Lô Borges e Brant, é outro grande destaque desse disco. Essa música deu grande impulso na carreira do Beto. Em parceria com Brant, “O Medo de Amar é o Medo de Ser Livre” é outra grande canção desse disco cheio de clássicos. O letrista Márcio Borges aparece em duas canções, “Novena” e “Só Primavera”. “Luz e Mistério”, em parceria com Caetano Veloso, é mais uma pérola do álbum. Como no primeiro lançamento, o disco termina com uma música do pai Godofredo. 

Por Tete Monti

Conheça outros discos

Publicado em Deixe um comentário

Disco: Página do Relâmpago Elétrico

A PÁGINA DO RELÂMPAGO ELÉTRICO
Beto Guedes e Ronaldo Bastos

Abre a folha do livro
Que eu lhe dou para guardar
E desata o nó dos cinco sentidos
Para se soltar
Que nem o som clareia o céu nem é de manhã
E anda debaixo do chão
Mas avoa que nem asa de avião
Pra rolar e viver levando jeito
De seguir rolando
Que nem canção de amor no firmamento
Que alguém pegou no ar
E depois jogou no mar

Pra viver do outro lado da vida
E saber atravessar
Prosseguir viagem numa garrafa
Onde o mar levar
Que é a luz que vai tescer o motor da lenda
Cruzando o céu do sertão
E um cego canta até arrebentar
O sertão vai virar mar
O mar vai virar sertão
Não ter medo de nenhuma careta
Que pretende assustar
Encontrar o coração do planeta
E mandar parar
Pra dar um tempo de prestar atenção nas coisas
Fazer um minuto de paz
Um silêncio que ninguém esquece mais
Que nem ronco do trovão
Que eu lhe dou para guardar

A paixão é que nem cobra de vidro
E também pode quebrar
Faz o jogo e abre a folha do livro
Apresenta o ás
Pra renascer em cada pedaço que ficou
E o grande amor vai juntar
E é coisa que ninguém separa mais
Que nem ronco de trovão
Que eu lhe dou para guardar

MARIA SOLIDÁRIA
Milton Nascimento e Fernando Brant

CHOVEU
Beto Guedes e Ronaldo Bastos

CHAPÉU DE SOL
Beto Guedes e Flávio Venturini

TANTO
Beto Guedes e Ronaldo Bastos

LUMIAR
Beto Guedes e Ronaldo Bastos

BANDOLIM ( instrumental )
Beto Guedes

NASCENTE
Flávio Venturini e Murilo Antunes

SALVE RAINHA
Zé Eduardo e Tavinho Moura

BELO HORIZONTE ( instrumental )
Godofredo Guedes

“… E depois deitar no sereno, só pra poder dormir e sonhar. Pra passar a noite caçando sapo, contando caso, de como deve ser lumiar…”

(Beto Guedes /Ronaldo Bastos)

“A Página do Relâmpago Elétrico” esse é o nome do maravilhoso disco de estreia de Beto Guedes. Lançado em 1977, começa com a música que deu nome ao disco. Um clássico presente em quase todas as compilações feitas da obra do músico. Na sequência, “Maria Solidária”, parceria de Milton Nascimento e Fernando Brant, em sua versão mais conhecida. “Lumiar” é a canção de mais sucesso do disco. Outro grande destaque é “Nascente”, música de Flávio Venturini e Murilo Antunes, numa linda versão bem característica do Beto. Termina com “Belo Horizonte”, música de seu pai, Godofredo Guedes.

Por Tete Monti

Conheça outros discos

A Página do Relâmpago Elétrico
Publicado em Deixe um comentário

Espetáculo X

As Histórias Que Inventamos Sobre Nós

Readymade godard brooklyn, kogi shoreditch hashtag hella shaman kitsch man bun pinterest flexitarian. Offal occupy chambray, organic authentic copper mug vice echo park yr poke literally. Ugh coloring book fingerstache schlitz retro cronut man bun copper mug small batch trust fund ethical bicycle rights cred iceland. Celiac schlitz la croix 3 wolf moon butcher. Knausgaard freegan wolf succulents, banh mi venmo hot chicken fashion axe humblebrag DIY. 

Waistcoat gluten-free cronut cred quinoa. Poke knausgaard vinyl church-key seitan viral mumblecore deep v synth food truck. Ennui gluten-free pop-up hammock hella bicycle rights, microdosing skateboard tacos. Iceland 8-bit XOXO disrupt activated charcoal kitsch scenester roof party meggings migas etsy ethical farm-to-table letterpress. Banjo wayfarers chartreuse taiyaki, stumptown prism 8-bit tote bag.

Ficha Técnica

Concepção e Direção Coreográfica | Esther Weitzman

Bailarinos Criadores | Alexandre Bhering/ Ana Lu Rehder/ Bia Peixoto/ Carla Reichelt/ Carolyna Aguiar/ Diego Dantas/ Edney D’Conti / Fagner Santos / Felipe Padilha/ Iago Damazio/ Joana Abreu/ Julia Gil/ Juliana Angelo/ Manuela Weitzman/ Marcelo Lopes/ Mariana Souza/ Marília Albornoz/ Milena Codeço/ Miriam Weitzman/ Monnica Emílio/ Patricia Riess/Pedro Quaresma/ Renata Reinheimer / Roberta Repetto/ Rodrigo Gondim/ Sueli Guerra/ Toni Rodrigues

Desenho de Luz | José Geraldo Furtado

Concepção de Figurino| Manuela Weitzman

Projeto Gráfico | Flavio Pereira

Fotos | Renato Mangolin

Operação de Luz | Raphael Cassou

Operação de Som | Érick Santos

Trilha Sonora| Sympathy for the Devil- Rolling Stones/ Stairway to heaven- Led Zeppelin/ (I can’t get no) satisfaction – Rolling Stones/ Johnny B goode – Chuck Berry/ Bohemian Rhapsody – Queen/ Have your ever seen the rain- John Fogerty- Credence/ Inoccent when you dream- Tom Waits

Textos| Adriana Pavlova/ Alessandra Vitória/ Beatriz Cerbino/ José Geraldo Furtado/ Paulo Marques/ Thereza Rocha

Vídeo Comemorativo| Alessandra Vitória

Projeto Benfeitoria| Manuela Weitzman

Teaser e Vídeo Benfeitoria | Renato Mangolin

Direção de Produção | Sabrine Muller

Produção Executiva | Manuela Weitzman

Realização | Esther Weitzman Companhia de Dança

Publicado em Deixe um comentário

A Companhia

Moldar o espaço. Criar volume e densidade continuamente. Utilizar o tempo não como elemento limitador, mas sim organizador de possibilidades cada vez mais amplas, como a utilização de diferentes ritmos e texturas corporais.

A elaboração de um nítido desenho espacial, aliado a um entendimento temporal não restritivo, conduz a uma outra relação, esta especialmente constitutiva dos trabalhos da Esther Weitzman Companhia de Dança: a utilização do peso e da leveza e o jogo de oposições e contrastes que daí nasce. Um binômio trabalhado com rara competência, explorando a relação que se estabelece com o solo e com a gravidade. Neste embate, surge um desenho coreográfico que utiliza com maestria o diálogo entre a dança e o silêncio, criando intensas paisagens físicas e sonoras. Uma sonoridade que prescinde da música para afirmar-se como escrita da obra. Uma escrita que é ao mesmo tempo sua prática. 

Readymade godard brooklyn, kogi shoreditch hashtag hella shaman kitsch man bun pinterest flexitarian. Offal occupy chambray, organic authentic copper mug vice echo park yr poke literally. Ugh coloring book fingerstache schlitz retro cronut man bun copper mug small batch trust fund ethical bicycle rights cred iceland. Celiac schlitz la croix 3 wolf moon butcher. Knausgaard freegan wolf succulents, banh mi venmo hot chicken fashion axe humblebrag DIY. 

Waistcoat gluten-free cronut cred quinoa. Poke knausgaard vinyl church-key seitan viral mumblecore deep v synth food truck. Ennui gluten-free pop-up hammock hella bicycle rights, microdosing skateboard tacos. Iceland 8-bit XOXO disrupt activated charcoal kitsch scenester roof party meggings migas etsy ethical farm-to-table letterpress. Banjo wayfarers chartreuse taiyaki, stumptown prism 8-bit tote bag.

Formação ProfissionalA Esther Weitzman Companhia de Dança em festivais de dança nacionais e internacionaisFormação Profissional

Dança em trânsito, Rio de janeiro/2014

Festival de Inverno SESC, Rio de Janeiro | 2014

Festival Internacional de Dança Contemporânea– Florianópolis | 2014

Modos de Existir – SESC Santo Amaro, São Paulo | 2013

Festival Internacional de Dança do Recife | 2013

Interlocuções Poéticas – São Paulo | 2012

Festival de Inverno SESC- Rio de Janeiro | 2012

Circulação Norte e Nordeste do País  | 2011

Dança em Trânsito, Rio de janeiro | 2011

Festival de Dança do Cariri , Juazeiro do Norte | 2011

Festival internacional do Recife | 2010

Festival Panorama Rio de Janeiro, RJ | 2009

Publicado em Deixe um comentário

Como escreve Lino de Albergaria

8 de julho de 2019 by José Nunes

Lino de Albergaria é escritor, graduado em Letras e Comunicação e pós-graduado em editoração, com doutorado em Literatura.

Como você começa o seu dia? Você tem uma rotina matinal?

Eu trabalho todos os dias como servidor público e começo bem cedo. Portanto, é no final da tarde que posso me dedicar à literatura.

Em que hora do dia você sente que trabalha melhor? Você tem algum ritual de preparação para a escrita?

Trabalho melhor com a luz do dia, à noite me sinto visualmente cansado. Não tenho nenhum ritual para escrever.

Você escreve um pouco todos os dias ou em períodos concentrados? Você tem uma meta de escrita diária?

Gostaria de escrever todos os dias, mas a escrita embala automaticamente quando a ideia de um novo livro começa a ganhar forma no computador. Não tenho metas, deixo fluir a narrativa livremente.

Como é o seu processo de escrita? Uma vez que você compilou notas suficientes, é difícil começar? Como você se move da pesquisa para a escrita?

Não faço pesquisa. Durante algum tempo, penso e amadureço uma ideia geral. Não é difícil começar, basta me dispor a isso, e logo vem a concentração necessária.

Como você lida com as travas da escrita, como a procrastinação, o medo de não corresponder às expectativas e a ansiedade de trabalhar em projetos longos?

Não faz parte da minha relação com a literatura. Eu me movo pelo prazer e a satisfação de estar escrevendo.

Quantas vezes você revisa seus textos antes de sentir que eles estão prontos? Você mostra seus trabalhos para outras pessoas antes de publicá-los?

Reviso e reescrevo muitas vezes, com intervalos entre as revisões. Raramente alguém lê meus trabalhos antes de mandar para a editora, onde passam pela leitura dos responsáveis editoriais e revisores.

Como é sua relação com a tecnologia? Você escreve seus primeiros rascunhos à mão ou no computador?

Escrevo diretamente no computador.

De onde vêm suas ideias? Há um conjunto de hábitos que você cultiva para se manter criativo?

Vêm de diversas fontes: um fato que observo, uma conversa que ouço, alguma coisa que leio. Ao me deter sobre o assunto, deixo minha imaginação trabalhar.

O que você acha que mudou no seu processo de escrita ao longo dos anos? O que você diria a si mesmo se pudesse voltar à escrita de seus primeiros textos?

Passei a usar mais a minha intuição e a deixar o inconsciente agir. Eu não tenho mais a vontade de controlar o encaminhamento do livro. Só vou interferir na releitura, cortando arestas do texto, às vezes desenvolvendo algo que não ficou suficientemente claro.

Que projeto você gostaria de fazer, mas ainda não começou? Que livro você gostaria de ler e ele ainda não existe?

No momento não tenho nenhum projeto em mente, pois estou me dedicando a um filão novo, fazendo minhas primeiras incursões no gênero policial. Tenho a impressão de que muitos livros que gostaria de ler já existem, só não chegaram ainda às minhas mãos.

Publicado em Deixe um comentário

Bibliófilos Mineiros: Lino de Albergaria

Lino de Albergaria está lançando neste mês de junho de 2019 seu 5º romance pela Quixote + Do: “O homem delicado”. Já atuou como editor e tradutor.

Livro de cabeceira: Os romances de Machado de Assis, Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas. Acho perfeitos. Embora nos remetam ao século XIX, os personagens e a narrativa são perenes, com a antecipação de recursos narrativos (inclusive metalinguísticos) e uma agudeza desconcertante na construção dos personagens. O autor conhecia não só seu ofício como o caráter humano em várias modalidades.

Livro que mais releu: Li várias vezes e em momentos diversos os títulos que integram “O quarteto de Alexandria”: Justine, Mountolive, Cléa e Balthasar de Lawrence Durrell. Uma reviravolta na questão do ponto de vista narrativo.

Livro de Infância: Era muito intrigado com “As Aventuras do Barão de Münchausen”, que me provocacavam muita estranheza. O nome impronunciável do barão me fascinava, assim como as ilustrações e o tema do livro – a mentira. Talvez tenha aprendido aí que a literatura é um belo fingimento ou uma requintada mentira, como Fernando Pessoa diria sobre o caráter fingidor do poeta.

Último livro que deu de presente: O conjunto de romances de fundo histórico e policial de Alberto Mussa, ambientados em diversos séculos na paisagem do Rio de Janeiro.

Último livro que ganhou de presente: Da autora e amiga Angela Leite de Souza, acabei de receber “Contos de encantar o céu”, também de Ana Luiza Figueiredo e Helena Lima.

Livro que emprestou, não foi devolvido, mas nunca foi esquecido: O livro de Jung “Memórias, sonhos e reflexões”. Acabei comprando outro.

Último livro que leu: Ainda estou lendo a biografia de Rondon, de Larry Rohter. Um trabalho de fôlego sobre um herói esquecido e necessário, o pai da causa indigenista.

Livro que comprou e até hoje não leu: Comprei há algum tempo, mas ainda vou ler. “Uma sensação estranha”, de Orhan Pamuk.

Último livro que leu para alguém (e para quem): Devo ser muito egoísta. Só leio para mim mesmo.

Livraria ou biblioteca favorita: Todas as livrarias e bibliotecas merecem meu respeito.

Livro que desistiu no meio do caminho: Em geral, tento ler até o fim, partindo do pressuposto de que, à certa altura, a leitura embala. Mas confesso que algumas vezes isso não acontece e deixo de lado. Felizmente, me esqueço até do título desses livros.

Livro mais valioso: Uma edição especial de “O romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles, com ilustrações (gravuras) de Renina Katz.